Láyé
àtijọ́, iṣẹ́ Ọdẹ jẹ ikan ninú iṣẹ gidi ni ile Yorùbá. Ògbójú Ọdẹ ló npa
ẹranko bi Erin, Ẹkùn, Kìnìún àti Ẹfòn, Ìmàdò, Ikõkò, nígbàtí àwọn to nṣe Ọdẹ
etílé npa ẹranko ìtòsí ilé bi Ọ̀kẹ́rẹ́, Òkété, Ọ̀bọ àti bẹ̃bẹ lọ. Ẹran
ìgbẹ bi Ìgalà, Àgbọ̀nrín àti , ẹran ọ̀sìn bi Àgùntàn, Ewurẹ, Òbúkọ, Ẹlẹ́dẹ̀ jẹ
ẹran tí o wọ́pọ̀ fún jíjẹ ni ayé àtijọ dípò ẹran Mãlu tí ó wá wọpọ láyé òde
òní
Tradução
No passado, a caça era um
dos maiores meios de subsistência na terra Ioruba. Apenas caçadores altamente
qualificados mataram animais como elefantes, leopardos, leões e búfalos, javalís
e lobos, enquanto os caçadores de bairros caçavam animais mais próximos de
casa, como esquilos, ratos do mato, macacos, etc. Carne de animais como cervos
veados, veados e animais domésticos, como ovelhas, cabras, bodes e porcos eram
fontes comuns de carne naqueles dias em vez de carne de boi como se tornou
comum nos dias atuais.
O texto acima está em um post publicado no
blog intitulado “The Yoruba blog”,
cujo título (do post) é “Bi Ọdẹ bá ro ìṣẹ́ ro ìyà
inú igbó, ti ó bá pa ẹran kòní fẹ́nì kan jẹ”. O blog se constitui uma iniciativa maravilhosa
pela preservação e divulgação da Língua e da Cultura Iorubá, assinado por uma
pessoa que se intitula Bim A.
A frase é, em verdade, um provérbio Iorubá. Em Português, seria “Se o
caçador considerar o sofrimento que ele passa na floresta, para conseguir sua
caça, ele não a dividiria com mais ninguém”. Em verdade, o texto do blog vai além e diz:
A
lè fi ò̀we Yorùbá “Bi Ọdẹ bá ro ìṣẹ́ ro ìyà inú igbó, ti ó bá pa ẹran kòní
fẹ́nì kan jẹ” wé ìyá ti àwọn ti ó wà ni Ìlúọba/Ò̀kèòkun njẹ nínú òtútù lati pa
owó. Nínú owó yi, wọn a ronú àti ran àwọn ẹbí àti ọ̀rẹ́ lọ́wọ́, ṣùgbọ́n
ọ̀pọ̀lọpọ̀ àwọn ti wọn gbìyànjú lati ràn lọ́wọ́, ki i wo ìya ti ojú wọn rí.
Tradução
O
significado literal deste provérbio Yoruba: “Se o caçador considerar o
sofrimento que ele passa na floresta, para conseguir sua caça, ele não a
dividiria com mais", pode ser aplicado aos que vivem no Reino Unido e em outras partes do
mundo, que têm de ganhar a vida em climas frios e culturas estranhas. Enquanto
eles pensam em enviar o dinheiro tão arduamente disputado para ajudar pais e
amigos, aqueles que recebem tal ajuda nunca pensam no sofrimento que eles
enfrentam.
Esse provérbio se aplica como uma luva no
nosso mundo de hoje. Se aplica, por exemplo, à parte da nossa juventude que não
percebe o custo envolvido no sacrifício feito pelos pais para que eles possam se
educar e melhor se preparar para enfrentar o futuro.
Esses pais, essa mães que emigram, vão para o distante e desconhecido, muitas vezes desumano e xenófobo, em busca do sustento (do pão, do alimento para
a sua família, que fica na terra natal), estarão cumprindo a sina de Oxóssi, do Espirito do Caçador que
caçou para alimentar a sociedade inteira da vila onde vivia. Os imigrantes devem pedir a
proteção de Oxóssi, o Espírito do Caçador. Aqui lembramos desse pedido de proteção, trazendo um Oriki (panegírico) famoso para Oxóssi, diz:
Ọ̀şọ̀ọsi.
Awo ọ̀dẹ ìjà pìtìpà.
Ọmọ ìyá ògún oníré, Ọ̀şọ̀ọsi
gbà mí o.
Ọ̀şọ̀ọsi. Òrìşà a dínà má yà.
Ọdẹ ti njẹ orí ẹran
Ẹlẹ́wà òşòòşò.
Òrìşà tí ngbélé imọ̀,gbe ilé ewé.
Òrìşà tí ngbélé imọ̀,gbe ilé ewé.
A bi àwọ̀ lóló.
Ọ̀şọ̀ọsi ki nwọ igbó, ki igbó ma mi tìtì.
Ọfá ni mọ́gàfí ìbọn
O ta ọfà sí iná,Iná kú pirá.
O tá ọfà sí Oòrùn,Oòrùn rẹ̀ wẹ̀sẹ̀.
O ta ọfà sí iná,Iná kú pirá.
O tá ọfà sí Oòrùn,Oòrùn rẹ̀ wẹ̀sẹ̀.
Ogbàgbà tí
ngba ọmọ rẹ̀. Oní màríwò pákó.
Ọdẹ bàbá ò. O dé ojú ogun,
Ọdẹ bàbá ò. O dé ojú ogun,
O fi ọfà kan şoşo pa igba
ènìyàn
O dé ninú igbó, O fi ọfà kan şoşo pa igba ẹranko.
A wọ ẹran pa sí ojúbọ Ògún lákayé,
Má wọ mí pa o. Má sì fi ọfà ọwọ rẹ dá mi lóró.
Ọdẹ ò, Ọdẹ ò, Ọdẹ ò,
Ọ̀şọ̀ọsi ni nbá ọdẹ inú igbo jà,wípé kí ó dẹ igbó re.
O dé ninú igbó, O fi ọfà kan şoşo pa igba ẹranko.
A wọ ẹran pa sí ojúbọ Ògún lákayé,
Má wọ mí pa o. Má sì fi ọfà ọwọ rẹ dá mi lóró.
Ọdẹ ò, Ọdẹ ò, Ọdẹ ò,
Ọ̀şọ̀ọsi ni nbá ọdẹ inú igbo jà,wípé kí ó dẹ igbó re.
Ọ̀şọ̀ọsi oloró tí nbá ọba şẹ́gun,O bá Ajẹ́ jà,Ọ şẹ́gun, Ọ̀şọ̀ọsi o ! Má bà mi jà o.
Ògún ni o bá mi şẹ o.
Bí o bá nbọ̀ láti oko, kí o ká ilá fún mi wá. Kí o re ìréré ìdí rẹ̀.
Má gbàgbé mi o,
Ọdẹ ò, bàbá ọmọ kí ngbàgbé ọmọ.
Ògún ni o bá mi şẹ o.
Bí o bá nbọ̀ láti oko, kí o ká ilá fún mi wá. Kí o re ìréré ìdí rẹ̀.
Má gbàgbé mi o,
Ọdẹ ò, bàbá ọmọ kí ngbàgbé ọmọ.
Tradução
Oxóssi !
Ó Orixá da luta,
irmão de Ògún Onírè.
Oxóssi, me proteja !
Orixá que tendo bloqueado o caminho, não o desimpede.
Caçador que come a cabeça dos animais.
Orixá que come ewa osooso.
Orixá que vive tanto em casa de barro
como em casa de folhas.
Que possui a pele fresca.
Oxóssi não entra na mata
sem que ela se agite.
O arco é a arma poderosa que o pai usa em lugar de espingarda.
Ele atirou a sua flecha contra o fogo,
o fogo se apagou de imediato.
Atirou sua flecha contra o sol,
O sol se pôs.
Ó salvador, que salva seus filhos !
Ó senhor do mariwo pakô!
Meu pai caçador chegou na guerra,
matou duzentas pessoas com uma única flecha.
Chegou dentro da mata,usou uma única flecha para matar duzentos animais selvagens.
Arrasta um animal vivo até que ele morra e o entrega no Ojubó de Ògún.
Não me arraste até a morte.
Não atire sofrimentos em minha vida, com seu arco.
Ó Odé! Ó Odé! Ó Odé!
Dentro da mata, é Oxóssi que luta ao lado do caçador para que ele possa caçar direito.
Oxóssi, o poderoso, que vence a guerra para o rei.
Lutou com a feiticeira e venceu.
Ó Oxóssi, não brigue comigo.
Vence as guerras para mim
Quando voltar da mata,
Colhe quiabos para mim.
E, ao colhê-los, tire seus talos.
Não se esqueça de mim.
Ó Odé, um pai não se esquece do filho.
Ó Orixá da luta,
irmão de Ògún Onírè.
Oxóssi, me proteja !
Orixá que tendo bloqueado o caminho, não o desimpede.
Caçador que come a cabeça dos animais.
Orixá que come ewa osooso.
Orixá que vive tanto em casa de barro
como em casa de folhas.
Que possui a pele fresca.
Oxóssi não entra na mata
sem que ela se agite.
O arco é a arma poderosa que o pai usa em lugar de espingarda.
Ele atirou a sua flecha contra o fogo,
o fogo se apagou de imediato.
Atirou sua flecha contra o sol,
O sol se pôs.
Ó salvador, que salva seus filhos !
Ó senhor do mariwo pakô!
Meu pai caçador chegou na guerra,
matou duzentas pessoas com uma única flecha.
Chegou dentro da mata,usou uma única flecha para matar duzentos animais selvagens.
Arrasta um animal vivo até que ele morra e o entrega no Ojubó de Ògún.
Não me arraste até a morte.
Não atire sofrimentos em minha vida, com seu arco.
Ó Odé! Ó Odé! Ó Odé!
Dentro da mata, é Oxóssi que luta ao lado do caçador para que ele possa caçar direito.
Oxóssi, o poderoso, que vence a guerra para o rei.
Lutou com a feiticeira e venceu.
Ó Oxóssi, não brigue comigo.
Vence as guerras para mim
Quando voltar da mata,
Colhe quiabos para mim.
E, ao colhê-los, tire seus talos.
Não se esqueça de mim.
Ó Odé, um pai não se esquece do filho.
Referencias:
1.
The
Yoruba blog; http://www.theyorubablog.com/bi-ode-ba-ro-i%E1%B9%A3e-ro-iya-inu-igbo-ti-o-ba-pa-eran-koni-feni-kan-je-if-the-hunter-thinks-of-the-suffering-in-the-wild-he-would-n/
(acessado em: 22/02/18)
2. Imagem: http://www.libyanexpress.com/900-illegal-immigrants-rescued-by-italian-coastguards-off-libyas-coast/
(acessado em: 22/02/18)
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