A Amoreira
é uma árvore cujo fruto, a amora, é
apreciado no mundo todo. Seu porte é médio, alcançando de 4 a 12 metros de
altura. As folhas são simples, ovaladas de bordas dentadas e recobertas por uma
pilosidade que as torna ásperas ao toque. As flores aparecem no final do
inverno e se aglomeram formando espigas. Para a ciência ocidental essa espécie botânica
é classificada como árvore frutífera e medicinal.
A Amoreira é
uma árvore sagrada para as religiões de matriz africana. Pertencendo a Oyá e ao
Ile Ibó Iku [Ilé Ibọ Iku], a sua sombra
é uma sede para a reunião de Espíritos e desencarnados, e por isso
desaconselhável a sua utilização como refúgio do sol, por um longo tempo. No
Savalu, esses espíritos são referidos pelo termo Kutitó, que é uma corruptela
do termo Kútútɔ́ que
na língua fòn significa, literalmente, “morto que continua em pé (no alto) ”.
É do galho da Amoreira que se fabrica o Ixán,
uma varinha ritual usada pelos sacerdotes para controlar os Eguns quando
visitam o Aye. O processo de fabricação desse bastão ritualístico é de conhecimento
exclusivo dos Babalossaim [Babalossanyn] ou pelos Sacerdotes do Culto aos Egúngún.
Referencias
1. Jardineiro.net;
https://www.jardineiro.net/plantas/amoreira-negra-morus-nigra.html
(Acessado em 06/12/17);
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